


CENTRO INFANTIL DA CRUZ VERMELHA PORTUGUESA
Santo Tirso, 2022
O presente processo fundamenta de forma sintética, mas abrangente a urgência e necessidade da intervenção a conduzir genericamente em duas frentes de trabalhos: intervenção na edificação existente e a ampliação de nova área destinada a Creche – centro infantil da Cruz Vermelha Portuguesa.
O local da intervenção é caracterizado e pontuado arquitetonicamente por um edifício de dois pisos (r/c e andar) onde se situam presentemente todas as respostas sociais, apoiado por dependências térreas com valências de apoio. Os exteriores apresentam-se como apoios às atividades pedagógicas e de recreio em exterior, espaços verdes não tratados ou áreas de aparcamento e serviço.
Pretende-se, assim, adequar a pré-existência à melhoria das condições e cumprimento legal e regulamentar da resposta social existente. A nova edificação (ampliação – centro infantil da Cruz Vermelha Portuguesa) assegura de raiz o cumprimento cabal de toda a regulamentação aplicável, bem como a adequabilidade aos fins a que se destina.
Toma-se assim, em alguns níveis, como uma intervenção profunda, saneando problemas de segurança e sanidade, promovendo respostas funcionais adequadas, mas também agindo em função da otimização das condições de conforto e segurança de todos os utentes.
Evidente nas peças desenhadas integrantes deste processo, nomeadamente nas que apresentam a síntese de “cores convencionais”, a intervenção dota o conjunto edificado de toda uma nova orgânica de funcionamento, apresentando de modo eficiente todo um conjunto de sistemas otimizados para a sua operacionalização, destacando-se:
– Demolição prévia de estruturas inadequadas à utilização e utentes do edifício (andar);
– Conceção padronizada dos espaços de atividades e acolhimento das crianças, visando a uniformização dos procedimentos (de limpeza e manutenção) e a equidade das condições de conforto e serviço;
– Organização otimizada dos circuitos e espaços técnicos e de serviço, viabilizando a sua gestão por necessidade e valência. O organigrama funcional, adota as melhores práticas implementáveis nestas tipologias de resposta social, adequando-as com um compromisso mínimo à pré-existente edificada;
– Refuncionalização das redes infraestruturais e dotação das necessárias para operacionalização dos serviços e utilização do edifício, considerado o elevado nível de solicitação a que são submetidos;
– Dotação das condições de segurança – ativa e passiva – a vários níveis, nomeadamente contra o risco de incêndio e acessibilidade universal;
– Recondicionamento dos espaços exteriores utilizáveis, dotando-os de uma racionalidade de uso adequada à utilização pelos vários públicos utentes- de diversa condição.