ADRO DA IGREJA DA MISERICÓRDIA E LARGO DO COMPLEXO PAROQUIAL
Mangualde
A reorganização do espaço aqui intervencionado – Adro da Igreja da Misericórdia e Largo do Complexo Paroquial – enquadra os novos propósitos programáticos de utilização polivalente, em moldes e configuração, mais adequados à sua relação planimétrica e volumétrica com os importantes conjuntos edificados que o marginam e configuram.
A adoção de uma nova orientação geométrica reguladora visa promover uma relação mais legível e, imediatamente, inteligível com os equipamentos citados, com assinalável afluência de público e visitantes. Esta leitura facilitada e ordenada do espaço aqui reconfigurado, é ainda mais enfática, fruto da ligeira modelação altimétrica, promovendo nomeadamente pela criação de uma praça central, regular e nivelada, o lugar do encontro dos cidadãos, do acolhimento das suas iniciativas e eventos de grupo, bem como, fora dessas ocasiões, a possibilidade de se constituir como uma reserva de aparcamento para o local, tão solicitado.
A qualificação do espaço público far-se-á com recurso a cuidado investimento no desenho urbano, conjugando soluções de configuração e materiais adequados ao enquadramento monumental e histórico em presença.
A requalificação de todo este conjunto articulado de espaços públicos, impõe-se pela manifesta obsolescência dos espaços e reduzida capacidade de utilização qualificada, degradação generalizada dos pavimentos ao mobiliário urbano, bem como profusa existência de barreiras arquitetónicas impeditivas da plena acessibilidade e da utilização dos espaços por cidadãos portadores de mobilidade condicionada.
A oportunidade de integrar num só gesto conjunto, a Rua do Colégio, a Rua Albertino de Macedo e a Rua Antigo Município, parte da Rua Cónego Manuel Monteiro, o Largo da Misericórdia (Complexo Paroquial) e o Adro da Igreja da Misericórdia, reforça e potencia o impacto urbano de uma estratégia de requalificação (com remissão aos objetivos da ORU / ARU do Centro de Mangualde). São assim maximizados e articulados os investimentos públicos de revitalização urbana, das suas dinâmicas sociais e económicas, neste caso numa ótica de privilégio e conforto pedonal, promovendo a acalmia de tráfego, a promoção dos modos suaves de locomoção e regulando os serviços e veículos especiais diretamente associados ao uso do complexo paroquial, designadamente viaturas funerárias, do pároco e de apoio a cidadãos com deficiência ou portadores de especial condição de mobilidade.